quarta-feira, 29 de maio de 2013

“Combater a violência contra mulher é nossa prioridade”, diz nova titular da SPM

A principal meta da nova secretária de Políticas para as Mulheres do Rio Grande do Sul (SPM), Ariane Leitão, é o enfrentamento da violência contra as mulheres. Ela defende que o tema precisa ser encarado nas mais variadas formas e com uma atuação integrada da gestão estadual. “Geralmente a violência doméstica é o foco quando se fala em violência contra mulher. É, mas é muito mais do que isso. Começa a partir da identificação do gênero feminino, inclui meninas, lésbicas, idosas, transexuais. Precisamos de uma mudança cultural”, defendeu durante visita ao Sul21 nesta terça-feira (28).
Empossada em abril, por conta do falecimento da até então titular da pasta, Márcia Santana, a jovem gestora acredita que é possível dar conta do enxuto orçamento de R$ 9 milhões para promover ações eficientes no estado. “As pessoas pensam que as campanhas não funcionam. Ao contrário, tem muito efeito para sensibilizar e expor os problemas que precisamos enfrentar”, afirma.
Ariane projeta lançar em breve ações estratégicas de combate a violência e articula com as áreas internas do governo e os demais órgãos que compõem a rede de atendimento às vítimas, uma unidade dos serviços oferecidos no RS. “Precisamos ter articulação entre a Patrulha Maria da Penha e o Escuta Lilás, por exemplo, para ser possível encaminhar as denúncias que recebemos para o acompanhamento da Secretaria de Segurança. No caso do atendimento às vítimas de estupro, precisamos que o encaminhamento seja feito direto para os hospitais, para que ela tome o coquetel e não fique grávida, uma vez que temos a problemática do aborto não ser legalizado no país ou termos o aborto legal para estes casos, mas uma rede precária para fazer este procedimento. Para isso, é necessária a nossa interação com a Secretaria de Saúde”, explica.
A institucionalização da rede também envolve um rompimento de cultura do próprio estado, fala a secretária. Ariane relata que está disposta a enfrentar as dificuldades internas para romper o machismo presente até mesmo nas estruturas do governo gaúcho. “O governador (Tarso Genro) é um entusiasta das políticas de gênero”, diz.
Texto: Rachel Duarte
Fonte: Sul 21

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