quinta-feira, 28 de março de 2013

Policiais militares e agente do IGP concluem curso e reforçam Patrulha Maria da Penha

A capacitação de 42 policiais militares e de uma agente do Instituto-Geral de Perícias (IGP) que atuarão nas Patrulhas Maria da Penha terminou nesta quarta-feira (27), no Quartel do Comando-Geral da Brigada Militar. Esta foi a terceira edição do curso promovido pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP). O projeto visa qualificar o atendimento às vítimas de violência doméstica que estão amparadas por medida protetiva, ou seja, àquelas mulheres de quem o agressor tem que se manter afastado. 

Comandante-geral da Brigada Militar, o coronel Fábio Duarte Fernandes disse que o objetivo é ampliar as ações da Patrulha Maria da Penha para outras unidades da Corporação. A estratégia faz parte das medidas de prevenção a agressões e mortes de mulheres, vitimadas por conflitos domésticos. "Também poderemos estabelecer parcerias com os municípios para que as equipes de saúde da família atuem conjuntamente, acompanhando as vítimas para que elas não voltem a ter problemas com a violência". 

Comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar e coordenadora estadual do projeto Patrulha Maria da Penha, a tenente-coronel Nádia Gerhard afirmou que o êxito da ação é confirmado pela receptividade das vítimas ao atendimento mais humanizado feito pela BM e por sua aproximação para o diálogo com os PMs. "As vítimas veem no PM a presença do Estado, atuando para a sua segurança e para a proteção plena de seus direitos". 

Viaturas nos bairros 
O projeto Patrulha Maria da Penha, iniciado em outubro de 2012, contava com apenas uma viatura para a ronda nos quatro Territórios de Paz de Porto Alegre, nos bairros Restinga, Rubem Berta, Santa Tereza e Lomba do Pinheiro. Agora, já é uma viatura para cada Território. O incremento veio na primeira semana de março, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, quando o Governo do Estado entregou os três novos veículos. Nos cinco meses de atuação da Patrulha foram atendidas 570 mulheres, em pouco mais de 1,5 mil visitas. Cinco homens foram presos pelo descumprimento da medida protetiva. 

Texto: Jussara Pelissoli
Foto: Osmar Nólibos/PM5-BM
Edição: Redação Secom 

Fonte: SSP/RS

quarta-feira, 27 de março de 2013

Somente em 2012 Mais de 630 Pedidos de Medida Protetiva Foram Enviadas a Justiça em Lajeado

No ano de 2012 a DPPA de Lajeado, cidade que possui aproximadamente 72 mil habitantes, realizou 576 autuações de prisões em flagrante, dentre as quais 60 ocorrências eram referentes à violência doméstica. Além disso, a DPPA de Lajeado encaminhou à Justiça a solicitação de mais de 630 pedidos de medidas protetivas, o que revela um aumento comparado aos anos anteriores quando foram enviados 278 em 2010 e 415 pedidos em 2011. O expressivo número de solicitação de medidas protetivas não significa que a violência contra a mulher aumentou, mas, sim, que ela saiu da invisibilidade e tem cada vez mais procurado por ajuda, declara Delegada Márcia Bernini.
A Delegada ainda observa, que as mulheres vítimas têm recebido dos órgãos estatais agilidade nas respostas quando solicitam apoio. Além da atuação em Lajeado, a DPPA realiza atividades em toda a 19ª Região Policial nos períodos em que não há expedientes nas cidades vizinhas à Sede, através de sua equipe Volante. Ao todo, soma um atendimento regionalizado a uma população de aproximadamente 300 mil habitantes, realizando deslocamentos sempre que necessário ao atendimento das ocorrências policiais. A DPPA também realiza um trabalho integrado com a DEAM e a rede de apoio à mulher. Além disso, a Polícia Civil também realiza diversas ações de conscientização e valorização da mulher na 19ª Região Policial.
Fonte: DPPA/Lajeado
Publicado em Site PC Civil/RS

Seminário (Re)Construindo as Relações Efetivas


Evento alusivo ao Mês da Mulher, o Poder Judiciário discutiu as relações afetivas nesta quarta-feira
O Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher promoveu hoje (27/3) o seminário Reconstruindo as Relações Afetivas. O evento, alusivo ao Mês da Mulher, foi realizado no Auditório do Foro Central (Rua Márco Luiz Veras Vidor, n° 10, 10º andar), em Porto Alegre, o evento foi aberto ao público em geral, com entrada gratuita.

Programação:
9:30 - palestra de abertura feita pela titular do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, Juíza Madgéli Frantz Machado.
10:00 -  Universo Feminino - Psicóloga Rosane Machado.
14:00 - Apresentação da Equipe Multidisciplinar do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. 
14:30 - Palestra Reconstruindo as relações afetivas - assunto de mulher? com a a Psicóloga Iara Camaratta Anton.
16:30 -  Rede de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência com a   Psicóloga Luciana Zaccolo Magalhães
17:30 - Encerramento com a Secretária Adjunta da Mulher da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos, Waleska Vasconcellos.



Pesquisa DataSenado: 66% das mulheres se sentem mais protegidas com Lei Maria da Penha


Passados quase sete anos de sua sanção, a Lei 11.340 de 2006, popularmente chamada de Lei Maria da Penha, incorporou-se ao repertório de informação das brasileiras, ainda que não esteja sendo plenamente aplicada. Pesquisa do DataSenado sobre violência contra a mulher constatou que, por todo o país, 99% das mulheres entrevistadas conhecem o seu teor ou pelo menos já ouviram falar da norma. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (26) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Quinto de uma série iniciada em 2005 para mapear os avanços e dificuldades vividas pelas brasileiras no combate à violência, o levantamento realizado em fevereiro mostra também que 66% das mulheres passaram a se sentir mais protegidas depois da publicação Lei Maria da Penha. Entre as mais jovens, esse índice chega aos 71%. Foram entrevistadas 1.248 brasileiras, com idades a partir de 16 anos, de todas as unidades da federação. Os dados incluem mulheres de diferentes níveis de renda, escolaridade, credo ou raça.
- A série histórica das pesquisas é instrumento de controle social e modelo de acompanhamento na aplicação das leis aqui aprovadas. Os índices de cada pesquisa retratam como a sociedade reage à lei e também como as leis podem mudar para melhor atitudes e comportamentos - disse o presidente.
Agressões
Apesar das mudanças, a pesquisa do DataSenado revela também que há um longo caminho a ser percorrido no combate à violência contra as mulheres. Os dados permitem afirmar que aproximadamente uma em cada cinco brasileiras reconhece já ter sido vítima de violência doméstica ou familiar provocada por um homem.
Segundo o DataSenado, é possível estimar, a partir dos dados, que 700 mil brasileiras continuam sofrendo agressões, principalmente de seus companheiros, e que 13 milhões das mulheres – 19% da população feminina acima de 16 anos de idade – já foram vítimas de algum tipo de agressão.
Em todo o país, as mulheres de menor nível educacional ainda são as mais agredidas – 71% dessas, entre as que foram entrevistadas, relatam aumento de violência em seu cotidiano, enquanto que 31% das vitimas ainda convivem com o agressor. A violência física predomina, mas cresce o reconhecimento das agressões moral e psicológica.
Contradições
A pesquisa do DataSenado expõe também contradições resultantes do processo de aplicação da Lei Maria da Penha. Apesar da maioria absoluta das entrevistadas reconhecerem a proteção advinda da Lei, 63% delas avaliam que a violência contra as mulheres tem aumentado. Por outro, foi apurado também que a proporção daquelas que já foram vítimas de agressões está relativamente estável desde 2009. Além disso, os resultados de 2013 sobre o conhecimento, pelas entrevistadas, de alguma mulher que já tenha sofrido algum tipo de violência foram equivalentes aos resultados de 2011. Os números da pesquisa demonstram ainda que para a população feminina as leis por si só não são capazes de resolver o problema da violência doméstica e familiar. Essa é a opinião de quase 80% das entrevistadas.
A análise dos pesquisadores do DataSenado, diante desses resultados, é de que, se os dados demonstram não terem crescido nem os percentuais de mulheres que admitem ter sido vítimas de violência, nem os percentuais de mulheres que afirmam conhecer vítimas, o grande volume de entrevistadas que acredita no aumento da violência doméstica e familiar contra a mulher, na verdade, indica um aumento do nível de conhecimento sobre o problema.
Denúncias
O levantamento revela que ainda há resistência por parte das mulheres em procurar algum tipo de ajuda após sofrerem agressões. Mais de 50% das entrevistadas que relataram ter sofrido algum tipo de violência afirmam ter buscado ajuda apenas após a terceira agressão ou não ter procurado ajuda alguma.
Em relação à última agressão sofrida, 35% das vítimas oficializaram uma denúncia formal, contra os agressores, em delegacias comuns, em delegacias da mulher ou na Central de Atendimento à Mulher (180). Pelo menos 34% das vítimas procuraram alternativas à denúncia formal, como a ajuda de parentes, de amigos e de igrejas.
O medo, registra o DataSenado, ainda é o maior inibidor das denúncias de violência doméstica. A dependência financeira vem em segundo lugar. A vergonha da agressão também é apontada como motivo para não denunciar, e é mais frequente conforme cresce a escolaridade e a renda das entrevistadas.
- A grande ajuda que devemos prestar às vítimas de violência é o alerta para a necessidade de denunciar a agrassão nas delegacias. Quando elas não denunciam, o Estado brasileiro não pode protegê-las ou coibir a violência - afirmou Elga Lopes, diretora da Secretaria de Pesquisa e Opinião, responsável pelo levantamento.
Mas a pesquisa do DataSenado trouxe uma boa notícia: Dados revelam que a maioria das mulheres já admite a possibilidade de que qualquer pessoa que tenha conhecimento de uma agressão física possa denunciar o fato às autoridades. Essa é a opinião de 60% das entrevistadas na pesquisa realizada este ano. Em 2011, apenas 41% admitiam a denúncia feita por qualquer pessoa.
Ranking
Em um ranking de 84 países, o Brasil é o sétimo no registro de assassinato de mulheres. Na América do Sul,o país só perde para a Colômbia e, na Europa, para a Rússia. Os números brasileiros desses assassinatos ainda são maiores do que os de todos os países árabes e de todos os africanos.
Metodologia
As pesquisas do DataSenado são feitas por meio de amostragem aleatória estratificada, com entrevistas telefônicas. A margem de erro admitida é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa deste ano foi realizada no período de 18 de fevereiro a 4 de março.

Fonte: Agência Senado
Publicado em Agência Patricia Galvão

sexta-feira, 22 de março de 2013

Programa Mulher: Viver sem Violência pode ser um marco para a aplicação da Lei Maria da Penha, mas depende de adesão dos Estados


Na avaliação de entidades, ativistas e especialistas, o Programa Mulher: Viver sem Violência é um passo fundamental para a aplicação da Lei Maria da Penha no Brasil. Recém-lançado (no dia 13/03) pelo governo federal, o programa está sendo bem recebido por representantes de diversos setores envolvidos no enfrentamento à violência de gênero, diante da expectativa que estimule a denúncia e, ao mesmo tempo, melhore o acolhimento às mulheres.

Além de promover condições concretas para uma melhor e mais efetiva aplicação da Lei, a política pode representar a criação de um ambiente que permita o rompimento de situações de violência pelas próprias mulheres, que passarão a ser atendidas nas Casas da Mulher Brasileira, centros de referência que reunirão uma série de serviços, que incluem assistência social, atendimento psicológico, acesso à justiça e também qualificação e capacitação para geração de renda.
Para que isso se concretize, porém, é necessário que o programa saia do papel e conte com a adesão dos governos estaduais. Segundo informações da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM-PR), até o momento 15 governadores já manifestaram a intenção de implementar o programa em seus Estados. 
Veja a seguir como especialistas de diferentes áreas avaliam o que o Programa Mulher: Viver sem Violência representa, no curto e médio prazos, para milhares de mulheres vítimas da violência no Brasil:


Reivindicação de três décadas
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Maria Amélia de Almeida Teles, coordenadora nacional do projeto Promotoras Legais Populares. Tel.: (11) 3283.4040 - email: amelinhateles@globo.com

“A edição desse programa nesse momento representa uma resposta ao esforço de três décadas do movimento de mulheres pela criação de um espaço que atendesse de forma integral às mulheres em situação de violência. Ele pode ter um impacto enorme para mudar a vida dessas mulheres, pois elas vão ter condições de romper o que chamamos de rota crítica – o caminho fragmentado que a mulher percorre buscando o atendimento do Estado; ela hoje vai a vários serviços em busca de uma resposta sem, muitas vezes, obtê-la”. Saiba mais.

Símbolo contra a impunidade
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Ana Rita Esgario, senadora (PT-ES) e relatora da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra a mulher. Gabinete: (61) 3303.1129 / email: ana.rita@senadora.gov.br

“O programa vem atender a uma necessidade de que as políticas possam ser executadas de forma integrada e articulada entre todos os poderes e órgãos. Integra no mesmo espaço físico todos os serviços relacionados aos sistemas de segurança, justiça, assistência social, e também da área de geração de renda e acesso ao mercado de trabalho. A existência dos serviços juntos e disponíveis é o símbolo da segurança. E a presença física desse centro em uma cidade tem uma simbologia muito grande de que a violência não será tolerada e isso acaba contribuindo no imaginário dos homens”. Saiba mais.

Concretização da Lei Maria da Penha 
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Wânia Pasinato, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP. Tel.: (11) 3022.6765

“O programa é a concretização da rede já prevista no marco legal brasileiro e atende a uma demanda do movimento de mulheres que vem desde os anos 1980. Ele concretiza essa rede, articula a atenção integral, intersetorial e multidisciplinar. E essa configuração vai direto ao ponto, que é justamente poder acessar todos os serviços em um mesmo lugar e ser recebida por profissionais que seguem um protocolo, que têm uma coerência nos encaminhamentos, que são orientados por um conhecimento compartilhado entre diferentes áreas”. Saiba mais.

Acesso à justiça
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Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, promotora da Comissão Permanente de Promotores da Violência Doméstica (Copevid) e primeira profissional a aplicar a Lei Maria da Penha no Brasil, em 2006. Copevid: (65) 9998.9173

O programa é de suma importância para as mulheres, porque nós, dos Ministérios Públicos, entendemos que não conseguiremos combater e enfrentar a violência doméstica somente a golpe de leis – é necessária a implementação de políticas públicas que façam com que a mulher possa romper esse ciclo de violência. Temos certeza que essa iniciativa vai valorizar as mulheres e também dar mais confiança para que elas recorram à justiça”. Saiba mais.

Integração
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Luciane Bortoleto, juíza e representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Coordenação Nacional da Campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha. Tel.: (41) 3200.2259 - email: luciane.bortoleto@cnj.jus.br

“O programa é muito importante, uma vez que a gente fala em acesso a justiça no sentido amplo, mas o conflito da violência doméstica é multidimensional, ele tem outros nuances e fatores que precisam ser tratados por atores de outras áreas. Pensar no conflito em sua integralidade vai ser fundamental no sentido que você consegue acolher essa mulher, evitar que ela se disperse na procurar de serviços e que, nessa procura, o sistema possa perdê-la”. Saiba mais.

Justiça também na área social 
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Leila Linhares Barsted, advogada da ONG Cepia (Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação). Cepia: (21) 2205.2136

“A gente sabe que grande parte das notificações de casos de violência que chegam às delegacias acontece porque as mulheres sabem que existem os serviços de atenção. Então, com o apoio desses centros e a divulgação da existência deles, certamente as denúncias vão aumentar, as mulheres vão se sentir encorajadas. Os centros serão uma porta de entrada importante para que essas mulheres tenham acesso à justiça, seja a institucional, via Ministério Público, Defensoria Pública etc., seja à justiça social, já que uma parte grande da violência tem como complemento o não-acesso dessas mulheres a um conjunto de direitos previstos na Lei Maria da Penha, como o acesso ao trabalho”. Saiba mais.

Pacto federativo
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Laurelle Araújo, defensora pública e representante do Conselho Nacional dos Defensores Públicos-Gerais (CONDEGE) na Campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha. Tel.: (31) 3270.3202 - email:  laurelle.araujo@defensoria.mg.gov.br

“Creio que esse programa vai ser de grande valia para as mulheres vítimas de violência e, por isso, o governo federal e o estadual precisam andar de mãos dadas. Eu acredito que quando os diferentes serviços estiverem funcionando num mesmo local físico, há grandes chances de ser cumprida a Lei Maria da Penha de maneira plena, em tudo o que ela prevê”. Saiba mais.

Estímulo a boas práticas
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Maria Ester Tavares, procuradora e representante do Conselho Nacional do Ministério Público na Campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha. Email:  MariaEster@cnmp.gov.br

“O Programa pode auxiliar na propagação de boas práticas relacionadas à questão de gênero no judiciário brasileiro. A construção das Casas da Mulher Brasileira nas capitais do País aproximará o Ministério Público das mulheres vítimas de violência – o que certamente fará aumentar a qualidade da ação dos operadores de justiça nessa frente”. Saiba mais.

Alguns dados:
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>> O governo federal deve repassar pelo programa R$ 265 milhões para serviços integrados de atendimento a mulheres em situação de violência nos próximos anos, sendo R$137,8 milhões, em 2013, e R$127,2 milhões, em 2014.

>> Os recursos serão aplicados na construção em cada capital do País de uma Casa da Mulher Brasileira – centros onde funcionarão serviços públicos de segurança, justiça, atendimento psicossocial e orientação para trabalho, emprego e geração de renda, segundo informações da Campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha. Prevê ainda a implementação de núcleos de atendimento às mulheres em regiões de fronteiras, aportes na humanização do atendimento às vítimas de violência sexual por profissionais da saúde e da segurança pública, e em campanhas de conscientização e prevenção à violência de gênero.
>> O custo médio de cada centro é estimado em R$ 4,3 milhões, incluindo construção e aquisição de equipamentos, e o governo espera atender cerca de 200 mulheres por dia e 72 mil por ano em cada um deles, segundo informações da Agência Brasil.


Iniciativa da CDH promove discussão sobre assédio moral e violência contra a mulher


O Seminário Assédio Moral e Violência Contra a Mulher aconteceu na manhã desta segunda-feira (18) no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari. Promovido pela Comissão de Direitos Humanos da PGE-RS, o evento contou com palestras da Psicóloga do Trabalho da Secretaria Estadual de Saúde, Cláudia Magnus, e da Coordenadora do Centro de Referência da Mulher Vânia Araújo Machado (CRMVAM), da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Yara Regina Stockmanns. A atividade foi dedicada à memória da Secretária de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, falecida na quarta-feira (13).
A palestrante chamou a atenção para os valores que são passados de pais e mães para filhos e filhas. Valores que, muitas vezes, faz com que se conviva com a violência achando que isso é normal. Segundo Yara, "as pessoas exercem a violência quando as relações são desiguais, quando um cidadão ou cidadã é impedida de exercer seus direitos ou quando as opiniões são desrespeitadas".
Entre as formas de violência citadas pela Coordenadora do Centro de Referência da Mulher estão a violência doméstica e familiar, a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e a violência moral.
A Procuradora-Geral Adjunta para Assuntos Administrativos da PGE-RS, Drª. Roselaine Rockenbach, intermediou as atividades. O evento foi organizado pela PGE, por meio da Comissão de Direitos Humanos, coordenada pelo Procurador do Estado, Dr. Carlos César D'Elia. Foram parceiros desta iniciativa a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, a Secretaria Estadual da Administração e dos Recursos Humanos, a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, a Secretaria Estadual da Saúde, a Associação dos Procuradores do Estado do RS, o Sindicato dos Servidores da Procuradoria-Geral do Estado do RS, e o Sindicato dos Técnicos Científicos do Estado do RS.
Fonte: SPM/RS

quinta-feira, 21 de março de 2013

Cresce número de queixas de racismo



Quase quatro anos se passaram e a copeira Sônia Maria Gomes, 47 anos, ainda carrega marcas do constrangimento de ser discriminada por causa da cor da pele. Em meados de 2010, Sônia ia de ônibus para casa quando, no meio do caminho, um passageiro levantou-se, cuspiu no rosto dela e a chamou de “negra safada”. “Depois disso, ele veio para cima de mim, como se fosse me bater. A minha sorte é que um homem impediu a agressão. Ele pediu ao motorista que não parasse o veículo e descemos direto na delegacia para prestar queixa”, conta Sônia. “Passei muito tempo sem andar de ônibus para me recuperar do medo e da vergonha pelos quais passei. O homem que me ajudou também é negro e ouviu xingamentos do rapaz que cuspiu em mim. Nunca pensei que a discriminação por causa da cor da pele pudesse chegar a esse ponto.” Quem agrediu Sônia hoje responde por injúria racial no processo que corre na Justiça.
Atitudes como a da copeira, de encarar a agressão como um ato de racismo e denunciar imediatamente, aumentam a cada dia. De 2011 a 2012, o número de queixas de discriminação racial feitas à Ouvidoria da Secretaria de Políticas e Promoção da Igualdade Racial (Seppir) praticamente dobrou, de 219 em 2011 a 413 no ano passado, um aumento de 88%. Este ano, a menos de uma semana do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, comemorado em 21 de março, 78 denúncias foram registradas. Na internet, as reclamações contra sites com cunho discriminatório também é expressiva. Em 2012, a ONG Safernet, que recebe denúncias de violações dos direitos humanos na web, identificou 5.021 comunidades no Facebook que abrigavam conteúdo racista.
A quantidade de violações, no entanto, é bem maior. A Seppir não tem acesso ao número de queixas que chegam às delegacias de polícia do país. Só no Distrito Federal, por exemplo, no ano passado, as delegacias receberam 409 denúncias, sendo 402 de injúria racial e sete de racismo. Quase o mesmo número de denúncias que a secretaria nacional recebeu em todo o ano passado.
Para o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade de Brasília (UnB), Nelson Inocêncio, o aumento das denúncias está vinculado ao momento em que o país vive, de intenso debate sobre a diversidade racial. “Esse aspecto, porém, tem um preço. A criação de políticas focadas na população negra cria do lado conservador uma sensação de incômodo em relação ao movimento (das organizações sociais)”, avalia.
A professora da Faculdade de Educação da UnB e coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas Públicas, História, Educação das Relações Raciais e de Gênero (Geppherg), Renísia Garcia, crê que o aumento das denúncias está relacionado com a visibilidade da população negra e, principalmente, com a conscientização das pessoas. “Poucos ousam dizer que não há racismo no país, mas muitos ainda não aceitam que são racistas. Assim, apesar do aumento das denúncias, a cultura do racismo permanece e germina nas contradições.”
De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 43,1% dos 190 milhões de brasileiros se consideram negros e 7,6%, pardos. Segundo a pesquisa “Mapa da Violência: A cor dos homicídios”, houve aumento de 29,8% no número de assassinatos de negros entre 2002 e 2010. Proporcionalmente, para cada branco morto, dois negros foram assassinados.
Disque-Racismo
Para centralizar as informações, a Seppir estuda lançar neste ano o Disque-Racismo. “Será um número gratuito (de telefone) que funcionará não só para crimes na internet, mas, também, para racismo institucional, policial, atos de violência contra juventude negra, quilombolas”, disse o ouvidor da Seppir, Carlos Alberto Junior. Na capital federal, um canal de comunicação desse tipo já está pronto e será lançado neste mês.
A subnotificação, segundo o assessor da Seppir Marcos Willian, foi um dos motivos para a secretaria ter aberto consulta pública para a criação do Sistema Nacional de Igualdade Racial, projeto do qual é coordenador. “Com o sistema, procuramos organizar e articular melhor as políticas de promoção da igualdade racial. Pretendemos atrair estados e municípios a criar sistemas de gestão e organizar políticas de forma sistemática com eles. Assim, as informações são interligadas”, explica. O Sinapir está recebendo colaborações da sociedade civil por meio do site www.seppir.gov.br.

Fonte: Correio Braziliense

terça-feira, 19 de março de 2013

'Serviços públicos evitam violência contra mulheres'

A violência contra a mulher está diretamente ligada à falta de serviços públicos. Esta é a conclusão do relatório da ONG Action Aid, apresentado, semana passada, no 8º Fórum de Alianças Mundiais das Cidades Contra a Pobreza realizado em Dublin, na Irlanda. Coordenadora de Direitos da Mulher da organização, Ana Paula Ferreira participou da elaboração da pesquisa.
— Qual a relação entre estrutura urbana precária e a violência contra mulheres?
Total. Ao longo de quase dois anos de pesquisa, verificamos que em boa parte das regiões do Brasil, e também em outros países no mundo, há muitos casos de mulheres agredidas em locais onde não há serviços como iluminação ou a presença de policiais que tenham sido bem treinados.
— Como esses fatores influenciam as agressões?
Mulheres que passam por locais onde não há iluminação pública estão muito mais expostas a agressões ou a tentativas de estupro. Nos últimos anos, 55% dos assassinatos femininos ocorreram em locais públicos. Além disso, verificamos casos de policiais mal treinados, que desdenham das vítimas.
— E como resolver isso?
Aumentando o investimento em serviços básicos, como saúde, segurança, iluminação e transporte. Principalmente em periferias, onde agressões a mulheres são mais comuns. Segundo nosso levantamento, de janeiro a setembro de 2010 houve 552.034 casos de violência à mulher no País. Acreditamos que os números sejam ainda maiores.

Por Carlos Brito
Fonte: O Dia
Publicado em Agência Patrícia Galvão

ONU aprova medidas concretas para combater violência contra mulheres


Mais de 130 países aprovaram nesta sexta-feira nas Nações Unidas uma declaração conjunta que condena com firmeza a violência contra mulheres e meninas no mundo e na qual se comprometem a tomar medidas concretas para acabar com esse mal. O acordo foi feito pelos países participantes da 57ª edição da Comissão da ONU sobre a Situação da Mulher (CSW, na sigla em inglês), encerrada nesta sexta em Nova York após duas semanas de debates.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse acreditar que o acordo se transformará agora em medidas concretas dos países para ajudar a prevenir a violência e fornecer às vítimas o acesso à Justiça e a serviços de assistência. "A violência contra as mulheres é uma horrenda violação dos direitos humanos, uma ameaça global, uma ameaça para a saúde pública e um escândalo moral", disse Ban.
O documento aprovado pede, entre outras coisas, a proibição dos casamentos de menores de idades e os forçados, além do fim da mutilação genital feminina. O texto também fala da necessidade em fornecer métodos contraceptivos de emergência e permitir o eventual aborto de vítimas de violência sexual.
Segundo dados da ONU Mulheres, sete em cada dez mulheres em todo o mundo assegura ter sido vítima de abusos físicos ou sexuais em algum momento de sua vida, na maioria dos casos cometidos por seus companheiros. As negociações não estiveram isentas de polêmicas, como as reservas expressadas por países como Arábia Saudita, Irã, Líbia e Sudão, além da Santa Sé, com relação às referências explícitas aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
O texto também contou com a oposição do Egito, que assinou o acordo apesar de o grupo islâmico Irmandade Muçulmana ter denunciado um dia antes que a minuta da declaração "viola os princípios da lei islâmica".

Com informações da Agência EFE.
Fonte: Terra
Publicado por Agência Patrícia Galvão

segunda-feira, 18 de março de 2013

Em artigo no jornal Correio Braziliense, ministra Eleonora detalha programa recém-lançado “Mulher, Viver sem Violência”

Até agora, uma mulher vítima de violência doméstica ou sexual tinha de peregrinar por vários serviços descentralizados. Para ela, ferida, brutalizada e apavorada (e tendo de achar energia para enfrentar o risco adicional trazido pela atitude da denúncia), o pronto-socorro ou a delegacia era só o início. 

Depois de ter sido atendida num desses locais, muitas vezes com indiferença ou descrédito, tinha de continuar a via-crúcis: ir até o Instituto de Medicina Legal (IML) para obter o laudo confirmador de que, sim, ela fora de fato estuprada. A lembrar-se de que uma mulher nessas condições estará adicionalmente levando uma criança pela mão, tomando ônibus com o dinheirinho contado, desorientada. 

E que, igualmente no IML, até agora não qualificado para tal demanda, o atendimento só ocorria de modo adequado como fruto da sorte ou da consciência de profissionais. É nesse contexto que se destaca uma característica intrínseca do programa Mulher: Viver sem Violência, lançado pela presidente Dilma na quarta-feira com a emblemática presença do Executivo, Legislativo e Judiciário: ele enfrenta a cultura patriarcal da agressão de gênero com a humanização do atendimento. 

É importante lembrar que a humanização será devidamente acompanhada do contraponto fundamental: o endurecimento do combate e punição dos agressores. A presidente deixou isso claro ao se comprometer com "tolerância abaixo de zero". Indispensável deixar claro também que, para o governo federal, humanização é garantia de direitos. 

No programa, o todo e as partes dialogam para potencializar a humanização - começa com o perfil de um dos componentes, a Casa da Mulher Brasileira (o programa inclui ainda a ampliação do ligue 180, a coleta de prova, os núcleos de atendimento às mulheres nas fronteiras e as campanhas continuadas de conscientização). A Casa da Mulher Brasileira integra os serviços necessários ao atendimento - os existentes, mas espalhados (delegacias da mulher e serviços especializados, como juizados ou varas, defensorias, procuradorias e o atendimento psicossocial), e os novos (orientação para empreendedorismo, emprego e renda, recreação para crianças). 

Tudo isso num mesmo espaço, ou ligado por transporte. No primeiro caso, a humanização da Casa da Mulher Brasileira começa já na arquitetura. As curvas orgânicas e acolhedoras a fazem diferente em tudo da frieza e aridez tradicionais desses equipamentos. Os serviços exteriores ligados por transporte serão os dos sistemas de assistência social e de saúde e o IML. 

Aqui salta aos olhos o atributo intrínseco de humanização. A começar do laudo citado no início: a vítima não precisará mais ir até o IML. O documento emitido pela saúde bastará para comprovar a agressão. Com a Casa da Mulher Brasileira (inicialmente nas 26 capitais e no Distrito Federal, a partir da adesão dos estados), a mulher será acolhida por profissionais qualificados para a compreensão profunda do fenômeno da violência. Tanto os dos serviços concentrados, quanto os dos ligados por transporte serão inseridos numa cultura de humanização normatizada por protocolo. 

Isso implica recepção acolhedora, não ter mais de contar várias vezes a história humilhante, ser cuidada por profissionais especializados. Ser ouvida e acreditada. Ter certeza de que a fala vai gerar um processo. Que o processo vai ser tocado. Que gerará medida protetiva (150 mil mulheres já foram salvas pelas medidas protetivas). 

A mulher ainda terá a chance de se reconstruir como cidadã, tanto no aspecto psicossocial quanto na inserção ou reinserção no mercado profissional. Enquanto isso, não estará dividida por ter de deixar as crianças com alguém ou, pior ainda, no lugar onde foi brutalizada: é para isso que a Casa da Mulher Brasileira terá espaço de recreação. E ela conhecerá mulheres na mesma condição, todas, entretanto, confortadas pela perspectiva agora real da cura. O circuito finalmente se fecha com a busca da solidariedade e sensibilização da sociedade. O programa prevê campanhas continuadas, como a Compromisso e Atitude. 

Dessa maneira, o enfrentamento da violência ecoado por campanhas nas tevês, redes sociais, rádios, meios impressos e outros será reforçado em outra perspectiva e com volume forte, determinado pela obsessão do governo contra essa chaga: a perspectiva, como afirma a Compromisso e Atitude, de que "a lei é mais forte", sim - e, a partir de agora, mais humanizada.


Fonte: Eleonora Menicucci Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República

sexta-feira, 15 de março de 2013

Governo Federal lança Programa Mulher, Viver sem Violência


O governo federal lançou na última quarta feira (13) o Programa Mulher, Viver sem Violência. O programa prevê a construção de centros chamados Casa da Mulher Brasileira, que integrarão serviços públicos de segurança, justiça, saúde, assistência social, acolhimento, abrigamento e orientação para o trabalho, emprego e renda em todas as 27 capitais brasileiras.
“A mulher terá todos os serviços, sem precisar peregrinar atrás de cada um deles”, disse a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci. Ela explicou que serão investidos R$ 265 milhões até 2014, sendo R$ 115,7 milhões na construção dos centros, compra de equipamentos e manutenção, R$ 25 milhões na ampliação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, R$ 13,1 milhões na atenção à saúde, R$ 6,9 milhões na humanização da perícia para aperfeiçoamento da coleta de provas de crimes sexuais.
O custo médio de cada centro é estimado em R$ 4,3 milhões, incluindo construção e aquisição de equipamentos. O governo espera atender cerca de 200 mulheres por dia e 72 mil por ano em cada um deles.

Também serão investidos R$ 4,3 milhões em serviços de fronteira, aumentando o número de centros de atenção às mulheres nas fronteiras e estendendo os serviços para as regiões próximas à Bolívia, Guiana Francesa, Guiana Inglesa, ao Paraguai, ao Uruguai e à Venezuela. Atualmente, há três centros de atenção à mulher nas regiões fronteiriças. Além de apoio a migrantes, os centros também atuarão no combate ao tráfico de pessoas.
O modelo é inspirado no implantado em El Salvador, que tem o Cidade da Mulher, um centro de atendimento e assistência às mulheres, que reúne desde serviços de saúde até cooperativas de crédito. Na visita que fez à presidenta Dilma Rousseff no início do mês, a primeira-dama do país, Vanda Pignato, que é brasileira, explicou que cerca de 20 estruturas de Estado funcionam em um mesmo local. “Numa mesma manhã, a mulher faz o que levaria meses para resolver”, disse na ocasião.

Segundo o Mapa da Violência, publicado em 2012, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), mais de 92 mil mulheres foram assassinadas no país entre os anos de 1980 e 2010, tendo quase metade dessas mortes se concentrado apenas na última década. Em 2011, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, registrou 70.270 atendimentos a mulheres vítimas da violência. A maioria delas tinha entre 15 e 29 anos e foi agredida por maridos ou namorados.

No ano passado, dez mulheres foram vítimas de maus tratos a cada hora, segundo dados da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180).

Em seu último pronunciamento na televisão, Dilma disse que a redução das diferenças de gênero passa pela intensificação do combate aos crimes contra as mulheres, que ela classificou de “monstruosos”, como a violência doméstica e o tráfico sexual. “A violência doméstica, aliás, tem que ser varrida dos nossos lares e do nosso território. Já temos instrumentos poderosos para isso, como a Lei Maria da Penha, que é uma das melhores do mundo. É preciso agora maior compromisso e participação de todos nós”.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 13 de março de 2013

Governador Tarso Genro decreta luto de três dias pela morte da secretária Márcia Santana

O governador Tarso Genro decretou luto de três dias em decorrência da morte da secretária estadual de Políticas para as Mulheres (SPM), Márcia Santana, na madrugada desta quarta-feira (13). A titular da pasta tinha 35 anos e era natural de Porto Alegre. O corpo será velado a partir das 10h30, no Salão Negrinho do Pastoreio, do Palácio Piratini, e o enterro está marcado para as 17h30, no Jardim da Paz, na Capital.

"A perda da secretária Márcia Santana entristeceu nosso Governo. A sua atuação sempre foi muito vívida e marcante, há uma comoção imensurável em nossa equipe. A morte da secretária Márcia Santana é uma perda incalculável para o Estado. Faremos o possível para dar seguimento ao trabalho iniciado por ela, para que esse legado seja sempre lembrado", lamentou o governador.

O chefe do Executivo estava em Brasília, onde participaria do encontro de governadores. Ele antecipou seu retorno para as 10h ao saber da notícia, e virá acompanhado das ministras da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, e da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Sepir), Luiza Bairros. 

A última conquista de Márcia e a equipe da SPM para o Estado foi o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça. O selo é um reconhecimento às organizações públicas e privadas promotoras de equidade de gênero e raça/etnia no mundo do trabalho e é desenvolvido pela SPM Nacional, a ONU Mulheres e a OIT Brasil. O Rio Grande do Sul é o primeiro a receber esta certificação. 

O laudo oficial da morte ainda não foi divulgado. Márcia Santana deixa o marido Claudiomiro Ambrózio, e os pais Adegar e Maria de Fátima. 




Carreira 

Ligada ao movimento feminista, Márcia Santana era assistente social e foi chefe de gabinete da então deputada Maria do Rosário. Foi diretora da Fundação de Proteção Especial do Estado, presidente da Associação de mulheres Viamonenses Mariá, sócia-fundadora do movimento pelo fim da exploração sexual de crianças e adolescentes do RS, secretária executiva da rede nacional de frentes parlamentares em defesa da infância no Brasil e assessora técnica da comissão parlamentar do Congresso Nacional - que investigou redes de exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes.

Texto: Daiane Roldão
Foto:Claudio Fachel/Palácio Piratini
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

Fonte: Site SPM/RS

terça-feira, 12 de março de 2013

Policiais militares e técnicos do IGP participam de curso sobre a Patrulha Maria da Penha

Policiais militares e técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) participam desde segunda-feira (11) da segunda edição do curso Capacitação Patrulha Maria da Penha. Sob o tema "Combate e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher", programa - realizado no quartel do Comando-Geral da Brigada Militar, na Capital - tem como objetivo qualificar o atendimento às vítimas de violência. 

Quarenta e um servidores passarão a atuar nos Territórios de Paz - nos bairros Restinga, Rubem Berta, Santa Tereza e Lomba do Pinheiro - em Porto Alegre. A capacitação, que segue até sexta-feira (15), complementa o investimento feito pela Secretaria da Segurança Pública com a entrega de mais quatro viaturas para a Patrulha Maria da Penha, na última quinta-feira. Agora, cinco veículos fazem parte do projeto. 

O secretário da Segurança Pública, Airton Michels, afirmou que a qualificação é fundamental para os profissionais. "Não basta apenas investir em equipamentos, temos que preparar os servidores para que previnam, acolham e acompanhem as vítimas da melhor maneira". A secretária de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, ressalta que capacitar o efetivo é um diferencial. "É preciso entender a complexidade da violência contra a mulher para qualificar a abordagem". 

O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, garante que a Patrulha Maria da Penha tornou-se referência nacional. "Por isso deve ser estendida a todas as unidades da Brigada Militar. Além disso, pode-se buscar a parceria dos municípios para que atuem conjuntamente, acompanhando a mulher vítima da violência doméstica e seus filhos, a fim de que não voltem a sofrer com esse problema". 

Durante o curso, são tratados diversos temas como a aplicação da Lei Maria da Penha, o funcionamento nas delegacias, na rede de atendimento, nas perícias e no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Também serão visitados os Centros de Referência da Mulher (municipal e estadual), a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), a Sala Lilás e o laboratório de perícias do IGP, todos em Porto Alegre. A formatura do curso ocorre na sexta-feira, às 10h30min, no Comando-Geral da Brigada Militar. 

Texto: Patrícia Lemos 
Foto: Luciano Evangelista/PM5 

Fonte: Site SSP/RS

Perita de Santa Maria é homenageada pelos vereadores da Capital

No Dia Internacional da Mulher, a Câmara Municipal de Porto Alegre, por iniciativa da vereadora Mônica Leal, prestou homenagem à Perita Médico-Legista Maria Ângela Zucchetto, servidora do Instituto-Geral de Perícias na cidade de Santa Maria. Na tribuna, a vereadora salientou o trabalho desempenhado pelo IGP, na tragédia da Boate Kiss, e a participação da homenageada nas atividades de reconhecimento, coleta de material para análise e liberação de 234 corpos das vítimas que pereceram no local do incêndio.

Texto – Ascom IGP/RS
Foto – DC – IGP/RS    

Mulheres do IGP participam de café da manhã na Semana da Mulher


A Direção-Geral do IGP, promoveu, nesta quarta-feira (06), um café da manhã para as servidoras, como forma de celebrar a Semana da Mulher. O evento, coordenado pela corregedora-geral Andréa Brochier Machado, antecipa as comemorações do Dia Internacional da Mulher, na próxima sexta-feira, dia 8 de março.

Após a saudação do diretor-geral José Cláudio Teixeira Garcia, a corregedora apresentou às mulheres um histórico sobre o Dia Internacional da Mulher, uma síntese das conquistas obtidas na luta pela igualdade com o gênero masculino e as atividades previstas para esta semana, com a participação do IGP. Nesta quinta-feira (07), no Largo Glênio Peres, Centro Histórico de Porto Alegre e, na sexta-feira, dia 8, na Praça Borges de Medeiros, em Gravataí.

Durante o evento desta manhã, o IGP ofereceu às servidoras duas lembranças na cor lilás, que identifica a campanha de não-violência contra as mulheres. E a apresentação de Amarildo Ribeiro dos Santos, saxofonista e funcionário do Departamento de Identificação do IGP.

Textos – Ascom IGP/RS


Governo do Estado do Rio Grande do Sul recebe Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça

Conforme a súmula de avaliação, o Governo do Estado obteve resultados satisfatórios com relação as ações e práticas realizadas dentro do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do Governo Federal, sendo concedido o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça.



Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça: 

O Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça é uma das ações do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. O programa tem como objetivo a promoção da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, no âmbito das organizações públicas e privadas, baseadas no desenvolvimento de novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional, para alcançar a equidade de gênero e raça no mundo do trabalho e a eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Homenagem ao Dia da Mulher em Gravataí



A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Gravataí realizou nesta sexta-feira (08/03), em celebração ao Dia Internacional da Mulher, um evento na Praça Borges de Medeiros, no centro da cidade.
Estiveram presentes, além da Delegacia Móvel da Polícia Civil, a empresa Lions, fazendo o teste de glicemia, a Casa Lilás do município, orientando as mulheres, SENAC, com cortes de cabelo, maquiagem e manicure gratuitos, SINE, com oportunidades de emprego, Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher, realizando teste rápido de HIV e sífilis, e o Corpo de Bombeiros, demonstrando a utilização de equipamentos no combate a incêndios.
A delegada Simone Viana Chaves também ressaltou a presença do IGP, que distribuiu material impresso sobre a campanha de combate à violência contra a Mulher, junto com a Unidade Móvel da Polícia Civil, divulgou os serviços prestados pela Sala Lilás, em Porto Alegre, o atendimento especializado às mulheres vítimas de violência.

Caminhada em homenagem ao Dia da Mulher em Lajeado


Na manhã de hoje, às 9h, aconteceu a Caminhada da Mulher, ocasião em que viaturas da Polícia Civil estiveram à frente para guiar o grupo e policiais levaram os banners institucionais.
Além de homenagear as mulheres pela passagem de seu dia, a proposta também foi uma manifestação pela não violência. Várias entidades se reuniram para mostrar que a Comunidade de Lajeado  manifesta-se pela paz e pela solidariedade humana. O final da caminhada, que reuniu centenas de pessoas, aconteceu na Praça da Matriz , onde deu-se início ao lançamento da Campanha Abraços Free. Isso também reforçou a idéia de que os espaços públicos devem ser ocupados adequadamente, de forma pacífica e com movimentos pela vida.
A DEAM, com apoio dos demais órgãos da Polícia Civil da Sede Lajeado, foram os organizadores desse evento,  juntamente com outras Entidades que fazem a rede de  proteção e apoio à Mulher (União de Clubes de Mães, Casa de Passagem do Vale, UAMBLA e Entidades Religiosas, integrantes do COMDIM - Conselho de Direitos da Mulher de Lajeado).


A caminhada foi prestigiada por uma banda da Alemanha, da cidade de Mittelbuch.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Estado divulga ações para mulheres e entrega equipamentos para a Brigada Militar


Mulheres que passaram pelo Largo Glênio Peres nesta quinta-feira (07), em Porto Alegre, tiveram a oportunidade de conhecer os programas desenvolvidos pelo Governo do Estado para fortalecer o atendimento de suas demandas. Durante todo o dia, servidoras de diversas secretarias estaduais, coordenadas pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), esclareceram dúvidas e prestaram informações sobre os direitos das mulheres e as ações transversais implementadas a partir do programa RS Lilás. 

Em solenidade realizada no início da tarde para marcar a ação, o vice-governador Beto Grill e o secretário de Segurança Pública, Airton Michels, também entregaram para a Brigada Militar 250 coletes balísticos com bojo, adaptados ao corpo feminino. A BM também recebeu quatro viaturas para uso das Patrulhas Maria da Penha, ações desenvolvidas nos Territórios de Paz para combater a violência doméstica. 

Ao cumprimentar as mulheres pela passagem do Dia Internacional da Mulher no dia 8 de março, Beto Grill afirmou sentir-se honrado por oferecer uma estrutura especializada em atendê-las. "Tenho convicção de que esta secretaria (SPM) está à altura das necessidades, tendo a capacidade de interlocução com os movimentos e construindo, efetivamente, mecanismos e ferramentas que são indispensáveis para que essa luta avance cada vez mais". 

Além da SPM, também participaram da atividade servidores das secretarias de Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), Segurança Pública (SSP) e de Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe), que forneceram às empreendedoras informações sobre o Programa Gaúcho de Microcrédito. 

A secretária de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, disse que este é um momento para celebrar as conquistas do público feminino e as ações empreendidas pelo Governo do Estado. "Todas as vezes em que há divulgação, nós temos mulheres buscando esses serviços. É isso que queremos: que elas saibam que o Estado está presente. Queremos que elas cheguem, mas nós também vamos buscá-las". 

O secretário Airton Michels destacou a criação das Patrulhas Maria da Penha como uma ação inovadora no combate à violência contra as mulheres e afirmou que as ações da Secretaria de Segurança Pública serão ampliadas. 

O ato também marcou o aniversário de 25 anos da instalação da primeira Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher. Hoje, o Estado conta com 16 delegacias especializadas, além de 20 postos de atendimento.
Texto: Juliano Pilau
Foto: Pedro Revillion
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305
Fonte: SSP/RS

Detentas de Guaíba participam de atividades em comemoração ao Dia Internacional da Mulher

As mulheres presas na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (PEFG), participaram, nesta quinta-feira (07), de diversas atividades em comemoração ao seu dia. Integrantes do projeto MC's Para a Paz, da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), fizeram apresentações de Hip-Hop. Os participantes são do Territórios de Paz de Canoas, Associação de Moradores do Bairro Rubem Berta, e diversos municípios da Região Metropolitana. 

As apenadas tiveram momento de descontração, dançando e acompanhando o ritmo do Hip-Hop e do Rap Internacional. Na oportunidade, grafiteiros produziram painéis tendo como referência o Dia Internacional da Mulher. A diretora da PEFG, Bárbara Tassoni, ressaltou a importância de ações como essa na unidade prisional. 

Texto e foto: Assessoria Susepe
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305


Fonte: Site SSP/RS