A secretária de Políticas para as Mulheres do RS,
Márcia Santana, e a assessora de Relações Internacionais da SPM, Salete Beatriz
Roszkoswki, receberam no último dia quarta 20, o secretário de Cidadania e
Direitos Humanos de Jaguarão, Marcelo Victória, e sua equipe para reforçar as
políticas para as mulheres no município através da criação da Coordenadoria da
Mulher e do Centro de Referência da Mulher BINACIONAL.
Acompanhado da assessora Verônica Peres e das
vereadoras de Jaguarão, Roseli Souza e Miriam Martinez, o secretário analisou a
importância da criação da coordenadoria para dar apoio às mulheres, devido a
realidade local. “Muitas mulheres acabam sendo reféns do abuso sexual e
psicológico para garantir comida e casa para os filhos” alerta.
Márcia Santana, titular da SPM, acrescentou: “A
mulher pode até estar trabalhando mas ainda assim há a divisão sexista do
trabalho, fazendo com que ela volte para o seu lar e ainda tenha que coordenar o
trabalho de dona de casa. Quando não há esse tempo para cuidar da casa, o tempo
que ela arranja para cuidar dos afazeres é no fim de semana, fazendo com que não
tenha lazer, não dá autonomia a ela e nem estimula o seu crescimento”.
A criação da Coordenadoria vem do desejo de
tornar a gestão para políticas públicas para as mulheres mais autônoma. “Não
existe a marca de políticas públicas para as mulheres em Jaguarão. É importante
essa individualidade, pois assim poderemos especializar e efetivar as políticas
para as mulheres da melhor forma possível e mais direcionada”, observa Victória.
A secretária é da mesma opinião. “A política para a mulher não pode ser um
apêndice, ser coadjuvante, senão ela dissipa e não se articula. A autonomia
também mostra que esse tipo de política não é apenas um adereço – é fundamental
para o crescimento da cidade”, analisa.
Além disso, o encontro serviu para articularem a
criação do Centro de Referência da Mulher Binacional, que se situará na
fronteira entre Jaguarão e Río Branco, cidade irmã no Uruguai. Para o
secretário, essa criação é fundamental para o crescimento da cidade como um
todo. “Não devemos tapar o sol com a peneira e fingir que o tráfico e a
violência de crianças e adolescentes não existe entre as duas cidades irmãs. Ela
existe, e muito”, lamenta.
Fonte: Site SPM/RS
Foto: ASCOM/SPM-RS
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