A violência contra a mulher está diretamente ligada à falta de serviços públicos. Esta é a conclusão do relatório da ONG Action Aid, apresentado, semana passada, no 8º Fórum de Alianças Mundiais das Cidades Contra a Pobreza realizado em Dublin, na Irlanda. Coordenadora de Direitos da Mulher da organização, Ana Paula Ferreira participou da elaboração da pesquisa.
— Qual a relação entre estrutura urbana precária e a violência contra mulheres?
Total. Ao longo de quase dois anos de pesquisa, verificamos que em boa parte das regiões do Brasil, e também em outros países no mundo, há muitos casos de mulheres agredidas em locais onde não há serviços como iluminação ou a presença de policiais que tenham sido bem treinados.
Total. Ao longo de quase dois anos de pesquisa, verificamos que em boa parte das regiões do Brasil, e também em outros países no mundo, há muitos casos de mulheres agredidas em locais onde não há serviços como iluminação ou a presença de policiais que tenham sido bem treinados.
— Como esses fatores influenciam as agressões?
Mulheres que passam por locais onde não há iluminação pública estão muito mais expostas a agressões ou a tentativas de estupro. Nos últimos anos, 55% dos assassinatos femininos ocorreram em locais públicos. Além disso, verificamos casos de policiais mal treinados, que desdenham das vítimas.
Mulheres que passam por locais onde não há iluminação pública estão muito mais expostas a agressões ou a tentativas de estupro. Nos últimos anos, 55% dos assassinatos femininos ocorreram em locais públicos. Além disso, verificamos casos de policiais mal treinados, que desdenham das vítimas.
— E como resolver isso?
Aumentando o investimento em serviços básicos, como saúde, segurança, iluminação e transporte. Principalmente em periferias, onde agressões a mulheres são mais comuns. Segundo nosso levantamento, de janeiro a setembro de 2010 houve 552.034 casos de violência à mulher no País. Acreditamos que os números sejam ainda maiores.
Aumentando o investimento em serviços básicos, como saúde, segurança, iluminação e transporte. Principalmente em periferias, onde agressões a mulheres são mais comuns. Segundo nosso levantamento, de janeiro a setembro de 2010 houve 552.034 casos de violência à mulher no País. Acreditamos que os números sejam ainda maiores.
Por Carlos Brito
Fonte: O Dia
Publicado em Agência Patrícia Galvão
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