Em 30 dias de atividades, a Patrulha Maria da Penha possibilitou que as mulheres
que sofrem violência doméstica sintam-se mais protegidas pelo Estado. O número
de pedidos de medidas protetivas aumentou de 399 para 539. Essas medidas
judiciais proíbem o agressor de aproximar-se da vítima. "A Secretaria da
Segurança Pública trabalha intensamente a integração entre as polícias para que
tenhamos efetividade nessas ações" afirma o secretário Airton Michels.
As ações voltadas à proteção das mulheres que sofrem violência
domésticas no período foram apresentadas nesta quinta-feira (22), em coletiva de
imprensa na Secretaria da Segurança Pública (SSP). Titular da SSP, Airton
Michels destacou a integração entre as polícias e o aumento das medidas
judiciais. "A Patrulha Maria da Penha fez com que as mulheres vítimas de
violência acreditassem no trabalho do Estado e aproximou a polícia da população.
Isso trouxe resultados positivos".
A secretária de Políticas para as
Mulheres, Márcia Santana, destacou que a Patrulha representa a presença do
Estado no enfretamento à violência doméstica e familiar. "Trabalhar de forma
humanizada e efetiva para proteger essas mulheres vítimas de agressões é
fundamental para o Estado". No período, foram produzidos 15 relatórios de casos
mais graves de mulheres que estavam em situação de risco. Todos foram
encaminhados à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.
A
coordenadora da Patrulha Maria da Penha, tenente-coronel Nádia Gerhard, explicou
as ações. "Essa iniciativa fez com que nesse período dois agressores fossem
presos. Mais dois foram presos preventivamente". Coordenadora das Delegacias
Especializadas de Atendimento à Mulher do Estado, a delegada Nadine Anflor
ressaltou a atuação das autoridades. "A Polícia Civil sabe quem são as vítimas,
os rostos, os nomes. E não só os números de ocorrências, mas o atendimento é de
forma individualizada e específica".
IGP
Para
atender as vítimas, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) disponibiliza a Sala
Lilás, instalada no Departamento Médico Legal. O IGP atendeu em 54 dias mais de
80 vítimas de violência doméstica, e realizou um total de 1682 perícias desde
setembro. "Queremos uniformizar o atendimento, atender de forma diferenciada e
especializada as vítimas para que não se perca a materialidade das provas contra
o agressor", afirmou a perita Andréa Machado.
Patrulha
A Patrulha é composta por quatro policiais militares que fazem
rondas nos quatro Territórios de Paz de Porto Alegre. As equipes acompanham os
casos de violência doméstica e o cumprimento das medidas protetivas. Os grupos
são formados por policiais militares do 1ºBPM, 19ºBPM, 20ºBPM, 21ºBPM, e contam
com uma viatura com identificação própria. A Patrulha conta com tablets com
acesso à internet, pistolas, coletes à prova de bala e armas taser (arma de
eletrochoque não-letal).
Fonte: Site SSP/RS migre.me/ccbEE
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