sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dois anos da Patrulha Maria da Penha

Porto Alegre passa a contar com duas novas unidades da Patrulha Maria da Penha

22 de Outubro de 2014 às 13h40min
Iniciativa pioneira no país previne casos de reincidência de violência contra as mulheres
Iniciativa pioneira no país previne casos de reincidência de violência contra as mulheres - Foto: Patrícia Lemos
A Patrulha Maria da Penha, iniciativa da Secretaria Estadual da Segurança Pública pioneira no país, completou dois anos no último dia 20. Desde o início do programa, nenhuma das 5.935 mulheres atendidas foram vítimas de femicídio por parte dos agressores. Em cerimônia na manhã dessa quarta-feira (22), no 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a SSP entregou mais duas patrulhas em Porto Alegre, uma para o 1º (Zona Sul) e outra para o 19º BPM (Zona Leste).
O secretário Airton Michels lembra que em 2011 todos os secretários e secretárias foram chamados ao Palácio Piratini para que as políticas para as mulheres fossem exercidas como pilar essencial em todas as pastas. “E, desde então, a Secretaria da Segurança Pública assumiu, pela primeira vez, o enfrentamento da violência contra a mulher como uma questão de governo, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres. Não é possível uma evolução política ou social sem resolver isso”. Michels ressalta a evolução das mulheres que têm a proteção da patrulha. “Elas se submetiam à violência doméstica porque não encontravam amparo no Estado. Nós trabalhamos com o empoderamento delas para que se libertem do ciclo de violência denunciando”.
Com o programa, a Brigada Militar fiscaliza o cumprimento da medida protetiva de urgência, solicitada pelas vítimas de violência doméstica. A patrulha visita a vítima e presta o atendimento no pós-delito. Se necessário, também monitora o agressor.
O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, disse que a BM está passando por uma grande mudança ao entender que violência contra a mulher é caso de polícia. “Os servidores e servidoras estão mudando a compreensão dos seus papéis na sociedade”.
O programa já existe nos Territórios de Paz de Porto Alegre e Canoas e em mais 16 cidades do Estado. A Patrulha Maria da Penha integra a Rede de Atendimento para o Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar, composta pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a Sala Lilás do Instituto Geral de Perícias (IGP) e o Programa Metendo a Colher, da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Todos os projetos estão articulados dentro da Rede Lilás, de apoio e proteção às mulheres e coordenada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Texto: Patrícia Lemos
Edição: Redação Secom

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