Porto Alegre passa a contar com duas novas unidades da Patrulha Maria da Penha
22 de Outubro de 2014 às 13h40min
Iniciativa pioneira no país previne casos de reincidência de violência contra as mulheres - Foto: Patrícia Lemos
A Patrulha Maria da Penha, iniciativa da Secretaria Estadual da Segurança Pública pioneira no país, completou dois anos no último dia 20. Desde o início do programa, nenhuma das 5.935 mulheres atendidas foram vítimas de femicídio por parte dos agressores. Em cerimônia na manhã dessa quarta-feira (22), no 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a SSP entregou mais duas patrulhas em Porto Alegre, uma para o 1º (Zona Sul) e outra para o 19º BPM (Zona Leste).
O secretário Airton Michels lembra que em 2011 todos os secretários e secretárias foram chamados ao Palácio Piratini para que as políticas para as mulheres fossem exercidas como pilar essencial em todas as pastas. “E, desde então, a Secretaria da Segurança Pública assumiu, pela primeira vez, o enfrentamento da violência contra a mulher como uma questão de governo, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres. Não é possível uma evolução política ou social sem resolver isso”. Michels ressalta a evolução das mulheres que têm a proteção da patrulha. “Elas se submetiam à violência doméstica porque não encontravam amparo no Estado. Nós trabalhamos com o empoderamento delas para que se libertem do ciclo de violência denunciando”.
Com o programa, a Brigada Militar fiscaliza o cumprimento da medida protetiva de urgência, solicitada pelas vítimas de violência doméstica. A patrulha visita a vítima e presta o atendimento no pós-delito. Se necessário, também monitora o agressor.
O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, disse que a BM está passando por uma grande mudança ao entender que violência contra a mulher é caso de polícia. “Os servidores e servidoras estão mudando a compreensão dos seus papéis na sociedade”.
O programa já existe nos Territórios de Paz de Porto Alegre e Canoas e em mais 16 cidades do Estado. A Patrulha Maria da Penha integra a Rede de Atendimento para o Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar, composta pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a Sala Lilás do Instituto Geral de Perícias (IGP) e o Programa Metendo a Colher, da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Todos os projetos estão articulados dentro da Rede Lilás, de apoio e proteção às mulheres e coordenada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Texto: Patrícia Lemos
Edição: Redação Secom
Nenhum comentário:
Postar um comentário